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Câmara de Graduação da UFG aprova ampliação das vagas destinadas ao Sisu

Por Renan Vinicius Aranha. Em 31/08/13 11:11. Atualizada em 31/08/13 11:11.

A partir de 2014, metade das vagas em cursos de graduação na UFG serão preenchidas por meio do Sisu.

Membros da Câmara de Graduação aprovaram mudanças para o ingresso de estudantes na UFG em reunião realizada nesta segunda-feira, 26 de agosto. A principal novidade é a ampliação do percentual de vagas destinadas ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que passará para 50%, com exceção dos cursos que requerem a Verificação de Habilidades e Conhecimentos Específicos (VHCE). O Sisu seleciona os candidatos aos cursos superiores utilizando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única fase do processo seletivo. 

Também foram aprovadas mudanças no edital do Processo Seletivo 2014-1, com destaque ao aumento do percentual de reserva de vagas destinadas a estudantes de escolas públicas de 20% para 30% do total de vagas da universidade, de acordo com a Lei 12.711 de 2012. Essa lei define que até o ano de 2016 metade das vagas das universidades públicas deverá ser reservada para estudantes que cursaram o ensino médio em escola pública, independentemente de raça. Essa reserva valerá tanto para as vagas destinadas ao Sisu quanto para as vagas do Sistema Universal.

De acordo com a pró-reitora de Graduação, Sandramara Matias Chaves, essas mudanças foram discutidas em várias reuniões da Câmara de Graduação e refletem o reconhecimento quanto ao aperfeiçoamento dos procedimentos adotados pelo Sisu e à qualidade das provas do Enem. Todas as mudanças propostas pela Câmara de Graduação ainda deverão ser aprovadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura (Cepec) e estão sujeitas a alterações. 

Relato de experiências

Em todo o Brasil, coordenadores de cursos de graduação e dirigentes das universidades federais têm discutido sobre a adoção ou não do Sisu como forma de ingresso de estudantes nas graduações. Hoje, das 59 instituições federais de ensino superior existentes no país, 34 delas já aderiram ao Sisu de forma parcial ou integral. Para apresentar a experiência de outras instituições em relação ao Sisu, a Pró-reitoria de Graduação convidou os reitores Clélio Camoplina Diniz, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Maria José de Sena, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a participarem da Câmara de Graduação ontem.

Os membros da Câmara de Graduação puderam tirar dúvidas com os gestores e, em seguida, a pró-reitora de Graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves, conduziu a votação na qual foi aprovado o aumento de vagas destinadas ao Sisu na UFG

O reitor Clélio Camoplina Diniz relatou que a decisão pela adoção de 100% do Sisu como forma de ingresso de estudantes na UFMG ocorreu depois de uma ampla comparação das notas obtidas pelos candidatos no Enem e nos processos seletivos convencionais. De acordo com ele, verificou-se que não havia grandes diferenças, considerando cada curso, das notas dos candidatos. "Chegamos à conclusão de que a adoção do Sisu não comprometia o mérito da seleção e entendemos que seria uma forma mais democrática de promover o acesso ao ensino superior", relatou Clélio Campolina.

 

 

Mudanças na UFMG foram aprovadas após estudos comparativos das notas dos candidatos em processos seletivos convencionais e no Enem

De acordo com a reitora Maria José de Sena, a UFRPE aderiu à 100% ao Sisu desde 2010 quando o programa foi lançado pelo Ministério da Educação (MEC). Ela também defendeu ser uma forma democrática e eficiente de ingresso no ensino superior. "O que precisa ser aperfeiçoado é a redução no número de opções de cursos que o candidato pode fazer, porque ele deve optar pelo curso que seja de sua primeira opção, o que reflete a sua vocação. Acredito que isso reduzirá o índice de desistências por parte dos alunos", declarou a reitora.

Fonte: ASCOM/Reitoria