Vestibuar

Campeões do vestibular ensinam como ir bem nas provas

Por Renan Vinicius Aranha. Em 20/08/12 11:04. Atualizada em 09/10/12 21:09.

Confira dicas para ir bem no vestibular!

Estudar na véspera adianta como reforço? É preciso abdicar de feriados e finais de semana para se dedicar aos estudos? As matérias mais difíceis devem ser totalmente priorizadas? A cabeça do vestibulando é um caldeirão de dúvidas, e muitas delas não têm nada a ver com as lições da sala de aula. Para ajudar a solucionar algumas destas questões, o Terra ouviu os campeões de vestibulares consagrados como Unesp, UFRGS e UnB e descobriu dicas de como se dar bem nos processos seletivos.

Uma coisa é certa: deixar para estudar na última hora não funciona. A regra é quase sagrada para os alunos Michele Luglio, Daniella Lopes da Silva e Guilherme Afonso Mazanti, os três melhores colocados no processo seletivo da Universidade Estadual Paulista. A regra também vale para Thiago Padilha Garcia e Dênis Axel Rudsaffer. Os dois foram os primeiros colocados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Já para Túlio Frade, primeiro aprovado em medicina na Universidade de Brasília, o lema é: "não desistir nunca!".

O grupo é reticente ao dar uma receita específica sobre como passar no vestibular, mas estudo e dedicação é unanimidade. As seis feras, que devoraram os livros e arrasaram no vestibular, fizeram uma lista com 10 dicas de como se preparar bem para a bateria de exames que vêm por aí:

- Pense bem antes de escolher o curso
- Faça provas de vestibulares anteriores
- Não deixe para estudar na última hora
- Preste bastante atenção às aulas
- Tire sempre suas dúvidas com os professores
- Divida seu tempo entre todas as matérias
- Descubra suas dificuldades reforce essas matérias
- Organize seu tempo e respeite as horas de estudo e descanso
- Estudar no dia da prova só estressa ainda mais
- Acredite que você possa passar e não desista nunca

Atenção nas aulas e estudo em casa
Michele Luglio já havia participado das provas como "treineiro" em 2005, mas no fim do ano encarou a prova oficial. Passou em primeiro lugar na área de biológicas da Vunesp - o vestibular da Unesp - com 91,457 pontos. Assim garantiu a vaga na Faculdade de Medicina. "É preciso prestar bastante atenção nas aulas. Além disso, não dá pra abandonar as matérias que parecem mais irrelevantes ao curso pretendido", explica. Michele diz que não deixou de dar atenção a temas de geografia e história que aparentemente têm menos peso no curso de medicina.

Guilherme seguiu filosofia semelhante. O paulista de Candido Mota no oeste do estado somou 87,586 e passou no curso de Engenharia Elétrica. "A dica é não deixar pra estudar apenas no terceiro ano do ensino médio. Eu não estudava feito um louco", conta. O jovem de 17 anos diz ainda que dedicava aos estudos três dias da semana.

Mais experiente que os colegas, a paulistana Danielle Lopes da Silva adotou estratégia um pouco diferente. "Procurei não deixar a matéria acumular. À tarde estudava as lições que foram passadas de manhã". Além disso, Danielle procurou reforçar sempre as matérias em que tinha mais dificuldade. A aluna de 19 anos prestou a prova pela segunda vez e obteve nota 87,676 e conseguiu classificar-se no curso de Relações Internacionais.

Combinando lazer e dedicação
Thiago Padilha Garcia, 21 anos, foi aprovado em primeiro lugar no vestibular para Design da Ufrgs, segundo curso mais concorrido. Ele já era aluno da instituição, no curso de ciências da computação. Cursou quase um ano, não gostou, e decidiu começar do zero. Seguiu o exemplo de Danielle e reforçava as lições do dia após as aulas. Duas semanas antes da prova, dividiu as disciplinas em turnos: assim estudava duas matérias por dia. No dia da prova ele não quis saber dos livros: "Isso é besteira e só traz preocupação. Talvez você leia algo que ainda não tinha visto e só vai gerar nervosismo", ensina.

A dedicação irrestrita de Thiago entra em conflito com a estratégia do primeiro colocado em psicologia da Ufrgs. Dênis Axel Rudsaffer, primeiro colocado em Psicologia da Ufrgs, fez cursinho dividido por matérias em mais de uma instituição e participou de grupos de estudos, formados por alguns professores. Para ele, não ter deixado de sair com os amigos e não ter aberto mão de momentos de lazer ajudou. O calouro tem uma banda e só deixou de tocar no segundo semestre de 2005, quando o tempo livre diminuiu.

Desistir nunca!
Depois de participar de dez vestibulares, nem o próprio Túlio Frade, 21 anos, acreditava que um dia entraria numa universidade. Foram dois anos e meio de cursinho pré-vestibular, que ele começou quando ainda estava no terceiro ano do ensino médio. Túlio confessa que não levava os estudos muito a sério. Só estudou pra valer quando realmente decidiu se empenhar. "Fui para o tudo ou nada." Ele chegava ao cursinho às 7h e só saía às 22h. Túlio seguiu o exemplo do colega paulista Michele Luglio, e não concentrou sua atenção nas matérias diretamente relacionadas com o curso pretendido. A dedicação foi regressiva: duas semanas antes da prova, ele só leu as apostilas sem muito compromisso, e no dia anterior à prova, nem abriu os livros. Foi curtir horas de lazer com os amigos. 

As informações são do Portal Terra.

Fonte: Portal Terra